O Brasil teve 1.055 mortes registradas em razão do novo coronavírus em 24 horas, mostra levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa junto às secretarias estaduais de Saúde. Com isso, são 56.109 óbitos pela Covid-19 até esta sexta-feira (26) no país. Veja os dados, consolidados às 20h:
56.109 mortes; eram 55.054 até as 20h de quinta (25), uma diferença de 1.055 óbitos
1.280.054 casos confirmados; eram 1.233.147 até a noite de quinta, ou seja, houve 46.907 novos casos
Antes do balanço final do dia, o consórcio divulgou outros dois boletins. No primeiro boletim, às 8h, o Brasil contava 55.102 mortos e 1.234.850 casos confirmados. No segundo boletim, às 13h, o país tinha 55.304 mortos e 1.244.419 casos da doença.
A região Nordeste registra 36% do total de mortes em 24 horas, quase o mesmo percentual da região Sudeste (40%).
RESPIRADORES: Estados compram 7 mil equipamentos, mas menos da metade é entregue; valores variam de R$ 40 mil a R$ 226 mil no país
MEMORIAL: Grávidas, indígenas, profissionais de saúde... veja quem são as vítimas da Covid-19 no Brasil
EXCLUSIVO G1: Veja taxa de ocupação nas UTIs, número de testes e pacientes recuperados da Covid-19 nos estados
Consórcio de veículos de imprensa
Os dados sobre casos e mortes de coronavírus no Brasil foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
A parceria entre os veículos de comunicação foi feita em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia da Covid-19. Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e da imprensa, elogiaram a iniciativa.
Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram por alguns dias a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois para as 22h. Isso dificultou ou inviabilizou a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.
A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite de 4 de junho. Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.
Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.
No dia 7 de junho, o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.
Apenas no dia 9 de junho, o ministério voltou a divulgar os dados completos, obedecendo a ordem do STF.
Nesta sexta (26), o órgão divulgou um novo balanço. Segundo a pasta, houve 990 novos óbitos e 46.860 novos casos, somando 55.961 mortes e 1.274.974 casos desde o começo da pandemia – números menores que os apurados pelo consórcio.