O Metrópoles divulgou neste domingo (28), que pelo menos cinco familiares da primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro, têm recebido o auxílio emergencial de R$ 600, benefício do governo federal pago a famílias carentes durante a pandemia do novo coronavírus. Dois deles são moradores de Ceilândia, uma das regiões mais pobres do Distrito Federal; dois, do Sol Nascente, considerada hoje a maior favela da América Latina; e uma, de Brasília.
Conforme o site, entre os parentes que receberam a primeira parcela do benefício, estão o padrasto de Michelle Bolsonaro, Antônio Wilton Farias Lima, e a madrasta, Maísa Torres Antunes. A esposa do presidente Jair Bolsonaro nunca escondeu a realidade humilde da família, que ilustra vivamente a desigualdade que marca o país.
Maísa é companheira de Vicente de Paulo Reinaldo, pai da primeira-dama. Quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) era um deputado federal com pouca expressão política, ele e Michelle costumavam frequentar a casa de Paulo e Maísa.
Antônio, por sua vez, é casado com Maria das Graças Firmo
Ferreira, mãe de Michelle, com que tem três filhos.
As outras três pessoas que receberam o auxílio emergencial do governo foram
Ângela Maria Firmo Ferreira, Aparecida Firmo Ferreira e Maria de Fátima Firmo
Ferreira. Todas elas são tias maternas de Michelle.
O benefício de R$ 600, que começou a ser pago em abril deste ano, é destinado a desempregados, informais, autônomos e microempreendedores individuais (MEIs). Confira aqui todas as regras do programa.
Não há nenhum indício de irregularidades no pagamento do auxílio aos parentes de Michelle Bolsonaro. Um dos requisitos para ser aprovado no programa é pertencer a uma família cuja renda mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo (R$ 522,50), ou cuja renda familiar total seja de até três salários mínimos (R$ 3.135,00).
A Família
Ainda de acordo com o Metrópoles, grande parte da família de Michelle vive em uma das regiões mais pobres e violentas de Brasília. Alguns deles, com a mãe, avó e tios maternos tiveram problemas com a Polícia e Justiça. O avô materno morreu assassinado, em 2015.