Nota assinada por 12 procuradores do Ministério Público Federal pediu, nesta segunda-feira (6), o afastamento do ministro Ricardo Salles. A alegação das autoridades, que comandam uma ação de improbidade administrativa, é pelo risco de ‘’desmontar proteção ao meio ambiente do país’’.
A ação corre na primeira instância da Justiça Federal, em Brasília e só seria enviada ao Supremo Tribunal Federal se fosse uma ação penal. Os procuradores da Força Tarefa listaram uma série de ações tomadas por Salles que colocam em risco o sistema de proteção do meio ambiente no Brasil.
''Esses atos estão agrupados em quatro categorias: desestruturação normativa (quando decisões assinadas por Salles teriam contribuído para enfraquecer o arcabouço de leis ambientais); desestruturação dos órgãos de transparência e participação (como no episódio do esvaziamento de conselhos consultivos); desestruturação orçamentária; e desestruturação fiscalizatória, que diz respeito ao desmonte de órgãos de fiscalização ambiental, como o Ibama e o ICMBio''.
Já o pedido de cautelar de afastamento de Salles se dá em razão da permanência dele poder causar consequências irreparáveis para o meio ambiente.
No texto, diz a BBC Brasil, os profissionais pedem ainda que Salles perca os direitos políticos durante cinco anos, além de ter de ressarcir danos e pagar multa. Também pedem que ele fique proibido de celebrar contratos com o poder público.