A carioca Jackeline Desiderrio, de 43 anos, da Ong Humanid'Aids, tomou na quinta-feira, 23, a dose única da vacina de Oxford contra o novo coronavírus, no Rio de Janeiro, e contou como está se sentindo após o procedimento.
“No início de junho, me inscrevi para ser voluntária da vacina de Oxford em um link na internet, que encontrei enquanto pesquisava na sobre o novo coronavírus. Semana passada, entraram em contato comigo por e-mail e, no dia 20 de julho, fiz a primeira visita ao centro de pesquisa e estudo da Rede D' Or, aqui no Rio de Janeiro. Na avaliação médica, fizeram perguntas sobre a minha saúde, me explicaram sobre a vacina, já na terceira fase de testes, e me encaminharam para os exames de sangue. Dois dias depois, recebi o telefonema que me encheu de esperança: estava com tudo em dia, e havia sido aprovada para participar do experimento. Assim, nesta quinta, 23, cheguei ao hospital animada. Primeiro, verificaram meu peso, minha altura, a pressão arterial, saturação e temperatura. Em seguida, colheram minha urina para mais um exame e sangue novamente para fazer um teste de gravidez. Só então me mandaram para a sala em que tomaria a vacina", relatou a carioca.
"Depois da picada, que quase
não doeu, me encaminharam para a sala de observação. Antes de liberada, me
deram um termômetro para eu acompanhar minha temperatura e uns comprimidos de
paracetamol, para caso tivesse febre. Recebi também um cartão com contatos
médicos para informá-los de minhas possíveis reações colaterais. Segundo eles,
embora ninguém tenha relatado ainda nenhuma reação grave, as previstas seriam
febre, dor no local da aplicação, dor de cabeça e fadiga", afirma
Jackeline.
Ela diz ainda que teve uma noite tranquila após tomar vacina, mas que
se sentiu indisposta pela manhã. "Com uma enorme moleza no
corpo, muito sono, cansaço e febre de 38 graus. Em seguida, meu corpo inteiro
começou a doer; e os olhos, a lacrimejar. Fora a dor no braço que é absurda,
mal posso levantá-lo", diz.
"Terei que voltar ao Instituto D’Or periodicamente para fazer os exames e ver a resposta do meu corpo em relação à vacina. Mas estou muito feliz por ter participado de um projeto tão importante, que pode exterminar, de vez, esse vírus. Se tudo der certo, e eu acredito nisso! Logo o mundo todo estará livre desse pesadelo", comenta.