O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que o governo apresente proposta de renda mínima permanente para substituir os atuais R$ 600 do auxílio emergencial, cujo benefício se encerra no mês que vem. Segundo ele, mesmo que a origem do auxílio emergencial tenha sido da Câmara – projeto do deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG) –, o importante é que a sociedade foi atendida pelo auxílio. A declaração foi feita em entrevista à TV Tropical, do Rio Grande do Norte, nesta segunda-feira (17).
“Precisamos, já olhando para o próximo ano, organizar algo que garanta às famílias mais vulneráveis uma condição, uma renda mínima que deixe de ser emergencial para ser permanente. Precisamos saber quais condições o governo brasileiro tem para transformar o bolsa família num programa mais amplo”, disse o presidente.
Reformas
Maia também voltou a pedir que o governo encaminhe a proposta de reforma
administrativa e ressaltou que o texto não tem como objetivo perseguir servidor
nem cortar salários do funcionalismo. Para Rodrigo Maia, a reforma
administrativa vai melhorar a qualidade do serviço público prestado, atender
melhor o cidadão, reduzir a burocracia para garantir um estado moderno e
eficiente.
“Queremos é valorizar os servidores, e a gente sabe que há reclamação da sociedade. Queremos melhorar esse marco regulatório para ter um Estado moderno e eficiente na prestação do serviço para o cidadão”, defendeu Maia. “Não queremos desgastar o presidente com esse tema”, reforçou.
Rodrigo Maia também ressaltou a importância da reforma tributária. Para ele, o sistema tributário brasileiro é muito complexo, e a unificação e simplificação do sistema vai facilitar os investimentos privados no País. “A tributação só é boa quando ela vem para o Estado e é aplicada em serviços públicos com qualidade”, disse o presidente.
Impeachment
Questionado sobre o andamento dos processos de impeachment do presidente
Jair Bolsonaro, Maia reafirmou que a prioridade deve ser o enfrentamento ao
coronavírus e a crise econômica por ele provocada. No entanto, destacou que, no
momento adequado, vai se posicionar sobre o tema, avaliar o mérito e decidir de
forma correta “para não criar uma crise institucional”, disse.