A PGR (Procuradoria-Geral da República) instaurou nesta quinta-feira (20), um procedimento para apurar supostos pagamentos realizados pela empresa JBS ao advogado Frederick Wassef, que trabalhou para a família Bolsonaro.
Segundo publicado no portal G1, a PGR deseja entender se esses pagamentos causaram algum efeito no acordo de colaboração premiada firmado pela Procuradoria com os executivos da empresa.
Conforme nota divulgada pela PGR, informações serão solicitadas ao Ministério Público do Rio de Janeiro, órgão que teria identificado os apagamentos por meio do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).
“Eventual irregularidade poderá reforçar os indícios de omissão nos acordos de colaboração premiada dos executivos da companhia”, diz o texto da nota.
Segundo a revista Crusoé, quem divulgou o caso, Wassef teria tentado atuar junto à Procuradoria, além de receber R$ 9 milhões da JBS. A revista afirmou que o presidente Jair Bolsonaro teria pedido ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para receber Wassef.
O encontro seria para tratar do acordo de colaboração da JBS, que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal). Na nota, a PGR afirmou que Aras não recebeu nenhuma solicitação de Bolsonaro.
“Não participou de nenhum dos contatos que trataram de eventual proposta de repactuação do acordo de colaboração premiada da JBS com envolvimento do advogado Frederick Wassef”, disse a nota.