Em esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal, o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem admitiu, nesta terça-feira (15), que se reuniu com advogados de Flávio Bolsonaro, mas negou que a Abin tenha produzido relatórios para auxiliar a defesa de Flávio Bolsonaro no caso da "rachadinha".
Ramagem afirmou que a reunião com a defesa de Flávio não gerou nenhum ato formal subsequente do governo, informou a Folha de S. Paulo.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que participou da reunião, também prestou esclarecimentos afirmando que o STF deve notificar o jornalista Guilherme Amado para que ele apresente os relatórios mencionados em sua reportagem na Revist Época.
“A reunião realizada é completamente regular, por estar dentro das competências atribuídas legalmente ao GSI, órgão do qual a ABIN faz parte. Como não foi constatada violação de segurança institucional, não houve nenhuma providência decorrente do encontro”, afirmou Ramagem ao STF.
Conforme a PGR, a apuração sobre os relatórios da Abin será conduzida no âmbito do inquérito sigiloso aberto em novembro deste ano, para investigar se o presidente Jair Bolsonaro utilizou as estruturas do governo para ajudar o filho a se livrar das suspeitas.
De acordo com a reportagem da revista Época, a Abin teria orientado o que a defesa de Flávio Bolsonaro deveria fazer para conseguir documentos que permitissem embasar um pedido de anulação do caso que investiga o suposto esquema ocorrido no gabinete do filho presidente Jair Bolsonaro, quando era deputado na Alerj.