O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) demonstrou apoio à ex-presidente Dilma Rousseff (PT) após provocação do atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (sem partido), sobre a tortura que a petista sofreu durante a Ditadura Militar.
No Twitter, o tucano afirmou que "brincar com tortura é inaceitável", independentemente do lado político das vítimas. Para ele, as declarações de Bolsonaro "passam dos limites".
"Minha solidariedade à ex Presidente Dilma Rousseff. Brincar com a tortura dela — ou de qualquer pessoa — é inaceitável. Concorde-se ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites", disse FHC.
-- Fernando Henrique Cardoso (@FHC) December 28, 2020.
Hoje, Bolsonaro ironizou a tortura sofrida por Dilma no período em que ela foi presa, em 1970, durante a Ditadura Militar.
A apoiadores, o presidente chegou a cobrar que lhe mostrassem um raio-X da adversária política para provar uma fratura na mandíbula.
"Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio-X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio-X", afirmou.
Já Dilma rebateu, classificando Bolsonaro como "fascista", "sociopata" e "cúmplice da tortura e da morte".
Para a petista, Bolsonaro mostra, "com a torpeza do deboche e as gargalhadas de escárnio, a índole própria de um torturador" e "ao desrespeitar quem foi torturado quando estava sob a custódia do Estado, escolhe ser cúmplice da tortura e da morte.".