Com 22.116 focos de incêndio registrados em 2020, o Pantanal encerrou o ano como o bioma mais prejudicado do país, com 120% a mais de focos comparado a 2019. Segundo dados do Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), número representa o dobro do registrado em 2019, quando foram 10.025 focos.
Em 2020, o sul-mato-grossense foi surpreendido por uma série de imagens chocantes dos incêndios na região do Pantanal. Foram animais mortos ou feridos, além de um bioma gravemente destruído com cerca de 23% de sua área devastada.
No mesmo ano, a Amazônia também registrou um aumento de 15,68% nos focos de queimada, foram 103.161 focos de queimadas contra 89.171 registradas em 2019. Isso representa maior número observado pelo Inpe desde 2017.
Área devastada
Em setembro de 2020, O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) atualizou os dados referentes à área devastada pelos incêndios no Pantanal. A onda de incêndios provocou um verdadeiro desastre ambiental no Bioma, do início do ano até o domingo (13) de setembro, estima-se que o fogo tenha destruído 2,9 milhões de hectares do Pantanal, sendo 1,1 milhão somente no estado do Mato Grosso do Sul.
O analista ambiental do Ibama Alexandre Pereira explica que as estimativas foram feitas no Lasa ( Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais) do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Os incêndios destruíram uma área de 2.915.000 hectares no Pantanal.
De acordo com os dados, foram 1.165.000 hectares do bioma destruídos em Mato Grosso do Sul. No Mato Grosso, o estrago foi ainda maior, 1.742.000 hectares queimados no Pantanal.
FONTE: Mídiamax