A economista Andreia Ferreira, trouxe estimativas nada favoráveis ao consumidor sobre os preços da carne bovina no Brasil, que já estão nas alturas. Casos da doença da ‘’Vaca Louca’’ no Brasil, devem frear as exportações, mas não evitam que o produto continue caro.
Ferreira, que é supervisora-técnica do Dieese, em Mato Grosso do Sul, participou da edição do Papo Reto, no final da manhã desta segunda-feira (6), em Campo Grande. O programa foi comandado pelo jornalista Thiago de Souza, com análises da jornalista Liziane Berrocal.
Segundo Ferreira, até então, a preferência do pecuarista em vender a carne para o mercado internacional é o principal motivo da alta no preço. O quilo do contrafilé, que há cerca de cinco meses era de cerca de R$ 32, hoje passa dos R$ 40, em Campo Grande.
Agora, com a identificação de casos isolados da doença em rebanhos do Mato Grosso e Minas Gerais, as exportações devem ser suspensas por algum período, até que o caso da doença seja analisado em detalhes. A China, que é o maior consumidor da proteína animal brasileira já parou de comprar o produto.
Andreia diz que, em um primeiro momento, pode-se imaginar que, com maior oferta da carne no mercado brasileiro, o preço irá diminuir.
‘’Lamento ser portadora de más notícias, mas a tendência é que não baixe. O animal contaminado terá de ser abatido e a oferta do produto diminui aqui dentro do Brasil, aumentando o preço. Isso já ocorreu em 2011 ou 2012... ’’, estima a profissional.
Para a economista, antes mesmo dos casos da doença, já existe um problema da reposição de rebanho, que afeta a disponibilidade da oferta de carne bovina no País.
‘’Em qualquer situação, se reduzir a oferta do produto, o preço vai continuar caro’’, constata Andreia.