Os principais veículos de comunicação internacional repercutiram as manifestações que ocorreram em todo o país, tanto a favor como contra o presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (07), feriado da Independência do Brasil.
O jornal britânico The Guardian avaliou que as manifestações pró-Bolsonaro acontecem "em uma aparente tentativa de projetar força no pior momento de sua Presidência".
"Muitos cidadãos temem a violência enquanto os apoiadores linha-dura de Bolsonaro vão às ruas para defender um líder cujos índices de popularidade despencaram como resultado de escândalos de corrupção envolvendo seus aliados e parentes e pela forma como ele lidou com a pandemia de covid, que matou mais de 580 mil pessoas", disse o jornal, em artigo com manchete na sua capa.
O The New York Times destacou a queda de popularidade de Bolsonaro diante de problemas como "uma das respostas mais caóticas (do mundo) à pandemia" e aumento do desemprego, da inflação e da desigualdade e risco de racionamento energético.
Já na Argentina, o El Clarin ponderou: "É difícil imaginar tamanha multidão na emblemática Avenida Paulista, pois nas últimas manifestações o presidente reuniu apenas algumas dezenas de milhares na cidade mais populosa do país." E classificou como "manifestação multitudinária em que se destacaram os tons antidemocráticos" ao se referir os atos a favor do presidente.