O ministro da Cidadania, João Roma, anunciou nesta quarta-feira (20) que o Auxílio Brasil terá um reajuste permanente de 20% em relação aos valores pagos atualmente no Bolsa Família. O governo ainda informou que nenhuma das famílias em situação de vulnerabilidade vai receber menos de R$ 400 mensais. O modelo e a fonte dos recursos não foram anunciados.
Segundo Roma, o Auxílio Brasil começará a valer em novembro, em substituição ao Bolsa Família e ao Auxílio Emergencial - este último vinha sendo pago às famílias mais afetadas economicamente pela pandemia. "O presidente determinou que nenhuma das famílias beneficiárias receba menos de 400. Estamos tratando para que essa necessidade ocorra seguindo a responsabilidade fiscal", declarou João Roma.
De acordo com dados do próprio Ministério da Cidadania, pouco mais de 14,6 milhões de famílias de todo o País recebem o Bolsa Família. O governo federal pretende ampliar o número de beneficiados para 17 milhões de famílias.
Em Mato Grosso do Sul, o Bolsa Família atende cerca de 134 mil famílias com até R$ 190,00. Já o Auxílio Emergencial, são cerca de 360 mil famílias beneficiadas com ajuda de até R$ 375,00. A Medida Provisória 1.061, que cria o Auxílio Brasil, foi publicada em agosto passado e ainda não foi votada nem na Câmara dos Deputados nem no Senado.
Bancada de MS comenta Auxílio
Para o senador Nelsinho Trad (PSD), mais importante do que decidir o valor é encontrar um meio de acelerar o pagamento do benefício. “É uma questão que merece agilidade e pressa. Quem tem fome não espera. A gente tem a convicção de que o governo está ciente desta responsabilidade e vai botar logo para funcionar o auxílio que é muito importante para as famílias carente e em vulnerabilidade”, disse.
A senadora Soraya Thronicke (PSL) preferiu não se manifestar. De acordo com a assessoria dela, ela não vai comentar no momento porque “ainda há coisas a serem definidas”.
A deputada federal Rose Modesto (PSDB) defende a adoção de programas de distribuição de renda e vê com bons olhos o aumento do valor do benefício. Porém, sugere que os favorecidos pelo Auxílio Emergencial passam a fazer parte do novo Bolsa Família.
“Esse benefício é extremamente importante, inclusive, para a economia do país. O reajuste de 20% vem na hora em que a população mais precisa. Agora, nossa luta é para que aquelas famílias que dependem do Auxílio Emergencial, que não estão cadastradas no Bolsa Família, também sejam alcançadas pelo benefício. Só em MS, existem 360 mil famílias dependentes dele. Embora a notícia seja boa, a batalha continua”, ponderou a parlamentar.
Para o deputado federal sul-mato-grossense Dagoberto Nogueira (PDT), o governo federal ainda tem o que fazer pelo desenvolvimento social. “O Brasil precisa de um projeto de retomada de crescimento e geração de empregos, além de credibilidade interna e externa para que haja investimentos , infelizmente é lamentavelmente este governo não tem nenhum projeto”, afirmou o parlamentar.
Já o deputado Fábio Trad (PSD) avalia que a atenção que o governo dá a programas de distribuição de renda tem mais relação com as eleições de 2022 do que com a solução de problemas graves. “O programa de distribuição direta de renda sempre foi criticado por Bolsonaro. Agora, que é presidente, usa o mesmo expediente e o faz pensando na reeleição. Se pensasse mesmo nos pobres e necessitados, faria isso desde o primeiro dia do mandato. As contas públicas estão sob risco e é preciso ter muito cuidado. A reeleição não pode justificar a quebra do país”, avaliou o parlamentar.
Até o encerramento desta edição, a senadora Simone Tebet (MDB) e os demais deputados federais Bia Cavassa (PSDB), Beto Pereira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PSL), Loester Trutis (PSD) e Vander Loubert (PT) não responderam aos questionamentos da reportagem. O espaço continuará aberto a todos.
Fonte: Midiamax.