O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro prestou depoimento para à Polícia Federal e apontou o presidente Jair Bolsonaro (PL) como principal mentor do esquema de corrupção na pasta. O escândalo formado após áudios ligados a Milton o derrubaram do posto de ministro e as trocas de acusações recaíram no governante do país.
Em um dos áudios vazados, o ministro afirmou que recebeu a ordem para atender o pastor Gilmar Santos. Esse áudio em específico foi divulgado pelo jornal Folha de São Paulo.
Gilmar, pastor da Assembleia de Deus que não ocupa nenhum cargo público, agia como intermediário do MEC junto a prefeitos. Segundo denúncias, ele fazia isso em troca de propina, com Arilton Moura, outro pastor.
De acordo com o site Pragmatismo Político, Ribeiro fez uma pequena ressalva que “isso não quer dizer que o mesmo (Gilmar) gozasse de tratamento diferenciado ou privilegiado na gestão do FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] ou MEC, esclarecendo que, como ministro, recebeu inúmeras autoridades, pois ocupava cargo político“.
Nesse ponto, o ex-chefão do MEC contradiz o áudio e os fatos. Ele diz na gravação: “Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar“.
E esse privilégio não foi apenas uma bravata para agradar aliados, como alegou o ex-ministro. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que os dois pastores intermediaram encontros de prefeitos no ministério que tiveram como consequência pagamentos e empenhos de R$ 9,7 milhões apenas alguns dias ou semanas depois.
Como denunciaram vários prefeitos, essa intermediação era feita em troca de propinas de R$ 15 mil a R$ 30 mil em dinheiro ou ouro e também de até R$ 70 mil em compras de bíblias.
Fonte: Agencia Brasil