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Mulheres de Mato Grosso do Sul se dividem entre não opinar e defender leis atuais de aborto

Levantamento mostrou que maioria das mulheres que ocupam cargo no Senado e na Câmara são contra a legalização do aborto

Publicada em 24/05/22 às 13:44h

Vida Nova FM


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Mulheres de Mato Grosso do Sul se dividem entre não opinar e defender leis atuais de aborto

A descriminalização do aborto é um tema é polêmico, por isso, muitas parlamentares mulheres evitam se posicionar. É o caso da senadora e pré-candidata a presidente da República, Simone Tebet (MDB).

A ex-ministra e deputada federal Tereza Cristina (PP) também não emitiu opinião. Enquanto a senadora Soraya Thronicke e a deputada Rose Modesto, do União Brasil, defenderam as leis atuais.

Em levantamento do jornal O Globo, os dados mostram que as deputadas e senadores são majoritariamente contra a legalização do procedimento.

Das 89 mulheres atualmente com cadeira no Congresso, 63 responderam ao questionamento. O total de 44, o equivalente a 70% das ouvidas, se posicionaram  de maneira contrária, enquanto 15 (24%) se disseram favoráveis, e quatro retornaram afirmando que preferiam não se manifestar.

De Mato Grosso do Sul, a deputada e pré-candidata a Governo do Estado, Rose Modesto (União), e a senadora Soraya Thronicke (União), estão entre as 20 que são contra a descriminalização e defendem as leis atuais, ou seja, que as autorizações específicas já previstas permaneçam.

No Brasil,  a legislação autoriza o aborto quando a gravidez é resultante de estupro, nos casos em que há risco para a vida da mulher e se há má formação cerebral do feto. Pelo quadro do O Globo, as duas parlamentares do União Brasil defendem esse tipo de autorização. 

Soraya Thonicke (União-MS) disse ao site DCM que a discussão deveria ser outra, neste momento. “O Brasil enfrenta vários problemas neste momento, como questões econômicas e sanitárias que são mais urgentes. Não creio que a legalização seja interesse da população agora”, afirmou.

Ainda conforme o Globo, as parlamentares a favor da descriminalização sustentam que mulheres de alta renda, quando necessitam, recorrem a clínicas que efetuam a prática, enquanto gestantes pobres ficam à mercê de abortos clandestinos, arriscados. Outro ponto citado é que as mulheres têm autonomia sobre o próprio corpo, direito que não deve sofrer interferências externas.

Já as que são totalmente contra em todas as hipóteses, são da ala conservadora, bolsonaristas que se dizem cristãs e a favor da vida. 

A ex-ministra e deputada federal Tereza Cristina (PP) não aparece no quadro do levantamento feito pelo O Globo.  

A cientista política Mayra Goulart, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), destaca que o “peso” das discussões em torno do aborto faz com que não haja unanimidade mesmo entre as congressistas mais alinhadas às pautas progressistas.

“É uma questão que cobra um preço muito grande eleitoralmente. Mesmo entre as mulheres que não são conservadoras há opiniões contrárias ao aborto. Não é consensual. É uma pauta bomba, que tira e mobiliza votos, além de gerar sentimentos conflituosos”.

 

FONTE: MSNEWS




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