SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em entrevista ao apresentador Ratinho nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que seu governo prioriza artistas em início de carreira e "o sertanejo mais humilde" na hora de distribuir verba pública pela Lei Roaunet, e que por isso artistas conhecidos que usavam a lei hoje estão revoltados com seu governo.
Os grandes cantores sertanejos estão agora no centro de uma polêmica por receberem, na maioria das vezes de forma legal, cachês milionários de prefeituras ao redor do Brasil por suas apresentações. Enquanto Gusttavo Lima cobra R$ 1,2 milhão da prefeitura de Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, o teto da Lei Rouanet para artistas é de R$ 3.000.
Bolsonaro afirmou ainda que alguns artistas podiam, antes, pegar R$ 10 milhões pela Lei Rouanet e que não havia prestação de contas deste dinheiro, o que é falso pois os projetos inscritos na lei sempre tiveram de prestar contas. Além disso, o teto de R$ 10 milhões não era para artistas solo, mas sim para projetos maiores e mais dispendiosos, como musicais.
O teto atual é de R$ 500 mil, mas projetos maiores, como restauros de obras e planos anuais de museus podem ultrapassar esta quantia.
Bolsonaro tem uma ligação próxima com os cantores sertanejos, que o apoiam. Num evento em janeiro de 2020, no qual os sertanejos pleiteavam o fim da meia entrada, o presidente afirmou que sempre foi "apaixonado por música sertaneja, e com toda certeza pelas suas letras em especial".
Naquela ocasião, segundo a lista do governo, estavam presentes artistas como as duplas Bruno e Marrone, Gian e Giovani, e César Menotti e Fabiano.
FONTE: PORTAL DO HOLANDA