A hérnia de disco que fez Wesley Safadão passar por uma cirurgia na última semana e precisar se afastar dos palcos quase causou paralisia no cantor.
O neurocirurgião que acompanha o caso, Francisco Sampaio Junior, afirmou que o quadro se agravou drasticamente antes do procedimento: "Infelizmente, Wesley é uma exceção. Normalmente, os pacientes que têm hérnia de disco não precisam fazer cirurgias, pois as inflamações são absorvidas automaticamente pelo organismo em cerca de 4 a 8 semanas. Entretanto, na noite de quarta-feira, ele começou a se queixar novamente de dores nas partes íntimas e sentir as nádegas anestesiadas. Sintomas graves de um dano neurológico", disse ao jornal O Globo.
Segundo o médico, o cantor estava prestes a ter a "síndrome da cauda equina", doença grave causada pela compressão e inflamação do feixe de nervos na parte inferior do canal vertebral, que pode causar paralisia, incontinência intestinal, urinária e até perda de movimentos.
"Ele poderia usar uma sonda ou bolsa de colostomia pelo resto da vida. Não havia mais nada a ser feito a não ser a cirurgia de forma muito rápida. Não podíamos esperar e arriscar. O quadro se agravava de uma forma que não é o habitual para uma hérnia de disco", afirmou.
Além disso, o fato de Safadão ter uma alteração anatômica piorou a condição. Ele possui a vértebra de transição, que fica entre as regiões lombar e sacral, e tem "os canais vertebrados dos nervos muito curtos, o que o predispõe a ter danos neurológicos e a ter doenças severas nos discos", segundo o Splash Uol.
"Se ele não tivesse essa vértebra a mais, e consequentemente, não apresentasse esse canal estreito congênito, dificilmente ele teria o que está tendo agora", explicou.
O médico acrescentou que a cirurgia foi trabalhosa e difícil.
FONTE: PORTAL DO HOLANDA