Senadora eleita com o apoio de Jair Bolsonaro (PL), Soraya Thronicke (UB) não demonstrou a mesma força em Mato Grosso do Sul quando decidiu bater de frente com o ex-aliado. Foram apenas 8.082 votos, o equivalente a 0,54% do eleitorado do Estado.
No Twitter, ela se despediu da campanha desejando sorte ao País. “O Brasil que sofre e chora tomou uma decisão, e essa decisão deve ser respeitada. Hoje, semeou; amanhã, irá colher… Eu irei relembrar que a semeadura é facultativa, mas a colheita é obrigatória. Boa sorte, Brasil!”.
Apesar da eleição de Tereza Cristina (PP), Soraya ainda tem quatro anos de mandato representando MS no Congresso Nacional. É o mesmo período restante a Nelsinho Trad (PSD), que, ontem (2), presenciou a derrota dos irmãos Fábio (deputado federal) e Marquinhos (ao governo), além do sobrinho, Otávio Trad (deputado estadual).
A expectativa agora é sobre quem Soraya vai apoiar no segundo turno, já que está em um partido de extrema direita, mas cresceu através do embate com Bolsonaro. Autointitulada a onça do Pantanal, ela chegou a dizer ao presidente que não devia cutucá-la com “sua vara curta”. Lula (PT) possivelmente aceitará a aliança, caso seja solicitada.
Em nota, Soraya declarou que a decisão sobre apoio cabe ao partido (União Brasil). Ainda, agradeceu a oportunidade de, "em 45 dias de campanha, [mostrar] sua coragem e sinceridade, bem como suas ideias e propostas para fazer do País novamente humanizado e desenvolvido, e livre de uma polarização odiosa, que divide, mata e patrocina a fome, o desalento e a desesperança".
Soraya e seu candidato a vice-presidente, Marcos Cintra (UB), reforçaram que o resultado das urnas deve ser respeitado, e que neste segundo turno, é necessário que o eleitor exerça mais uma vez a democracia, tendo ciência da responsabilidade que terá em escolher quem vai comandar o Brasil nos próximos quatro anos.