O dia seguinte à realização do primeiro turno foi
marcado pela euforia no mercado financeiro. O dólar caiu mais de 4% e teve a
maior queda diária desde 2018. A bolsa de valores subiu 5,5% e registrou o
maior ganho diário desde 2020.
O dólar comercial encerrou a segunda-feira (3) vendido a R$ 5,174, com queda de
R$ 0,221 (-4,09%). A cotação, que tinha encerrado a última sexta-feira (30)
próxima de R$ 5,40, abriu em R$ 5,28 e caiu ainda mais durante o pregão. Na
mínima do dia, por volta das 13h45, chegou a R$ 5,15.
Esta foi a maior queda diária da moeda norte-americana desde 8 de junho de
2018. Na ocasião, o dólar caiu 5,6% após o Banco Central (BC) intervir no
câmbio no rescaldo da greve dos caminhoneiros. Em 2022, a divisa acumula queda
de 7,21%.
No mercado de ações, o dia foi dominado por fortes ganhos. O índice Ibovespa,
da B3, fechou aos 116.134 pontos, com alta de 5,54%. Foi a maior alta para um
dia desde 6 de abril de 2020, quando o mercado financeiro atravessava fortes
momentos de volatilidade no início da pandemia de covid-19.
As ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa, tiveram forte alta. Os
papéis ordinários (com voto em assembleia de acionistas) subiu 8,86%. As ações
preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) valorizaram-se
7,99%.
Dois fatores contribuíram para os ganhos no mercado financeiro. O primeiro foi
a repercussão do resultado da votação de ontem, que confirmou o segundo turno
entre os candidatos à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e
Jair Bolsonaro (PL). O segundo foi a recuperação do mercado internacional.
Após sucessivos dias de queda, as bolsas norte-americanas fecharam com ganhos
expressivos. O índice Dow Jones, das empresas industriais, avançou 2,66%. O
S&P 500, das maiores empresas, valorizou-se 2,59%. O Nasdaq, das empresas
de tecnologia, subiu 2,27%. A atividade industrial nos Estados Unidos teve, em
setembro, o menor crescimento em dois anos e meio, o que reduz as pressões para
que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros além
do previsto, favorecendo o mercado de ações.
FONTE: AGENCIA BRASIL