O governo Bolsonaro está pressionando a diretoria da Petrobras para segurar o preço dos combustíveis até a realização do 2º turno das eleições, em 30 de outubro. Isso porque a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou o corte na produção de 2 milhões de barris de petróleo por dia a partir de novembro, o que já provocou alta dos preços no mercado internacional.
A investida do governo foi revelada pelo portal G1 e confirmada pelo Estadão. A Petrobras deveria repassar o aumento de custos com a compra do petróleo para os valores cobrados no mercado interno. O corte no preço dos combustíveis realizado nos últimos meses, porém, se transformou em bandeira política do presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição.
Ontem, o do tipo Brent (que serve de referência para o Brasil) subiu 1,71% nos contratos para entrega em novembro, batendo em US$ 93,37. Especialistas no setor veem risco de que, nos próximos dias, o preço suba para a casa dos US$ 100.
Segundo o TD Securities, o corte anunciado pela Opep+ superou as expectativas, o que apoiou os preços negociados ontem. Já a analista Roberta Caselli, da Global X, afirmou que a redução na produção diária de petróleo pode renovar preocupações com a variação da inflação. O corte corresponde a cerca de 1% da oferta global da commodity. (Colaborou Gabriel Bueno da Costa)
Fonte: Top Midia News