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Por erro de comunicação família recebe pernas de homem após acidente

Os membros foram entregues pelo Hospital Regional de Paraíso, no Tocantins

Publicada em 11/10/22 às 09:30h

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Por erro de comunicação família recebe pernas de homem após acidente
Filho do pedreiro, que recebeu a \"entrega\" ficou em choque - Crédito: Site Metrópoles - divulgação  (Foto: )

Uma família da cidade de Paraíso do Tocantins (TO) ficou em choque após receber, em uma caixa de papelão, no último domingo (9), as pernas de Deonir Teixeira da Paixão, de 46 anos, que as havia perdido ao sofrido um grave acidente de moto, sendo que uma foi amputada no local, devido à violência do acidente, e a outra, foi amputada no Hospital Regional. 

Conforme o site Metrópoles, a Secretaria de Saúde do estado atribuiu o episódio a uma “falha de comunicação” e, em um pedaço de papel, a equipe descreveu o conteúdo da caixa: “Membro inferior direito sem o pé e membro inferior esquerdo com o pé. Obs: falta um pedaço da perna direita também”, dizia o recado escrito à mão.

Ao G1, uma sobrinha do pedreiro, que não quis ser identificada, classificou a situação como constrangedora. “O hospital nos entregou em mãos. Disseram que se a gente não recebesse para enterrar eles iriam descartar no lixo hospitalar. Não avisaram nada de que iriam enterrar ou incinerar tudo direitinho. Muito constrangedor isso aqui”, desabafou.

Sem saber o que fazer, a família procurou uma funerária local, que também não soube o que fazer com os membros. “O funcionário que foi lá tinha 14 anos de serviço e disse que isso nunca tinha acontecido. Que quando entregam o membro eles pegam no necrotério”, afirmou a família.

 

“O filho que recebeu o material está em estado de choque. Chamamos a funerária porque não sabíamos o que fazer. Receber o resto de uma pessoa e enterrar no fundo de um quintal? Era 30% do corpo dele. As duas pernas inteiras”, descreveu um dos familiares.

Falha de comunicação

A SES-TO (Secretaria de Saúde de Tocantins) atribuiu o incidente a uma “falha de comunicação” em relação aos esclarecimentos sobre o descarte correto dos membros. “A SES-TO pontua que em caso de amputações a equipe multiprofissional da unidade hospitalar informa aos familiares sobre a necessidade do procedimento para a manutenção da vida do paciente e no ato é dada à família a escolha de levar os membros ou deixar a cargo do serviço de saúde o descarte dos mesmos”, explicou o órgão público.

Ainda conforme a nota, o descarte é terceirizado. “Quando o hospital é responsável pelo descarte de membros ele ocorre através de empresa especializada contratada para a realização do referido serviço, a qual não trata o material como lixo comum”.

No caso do Hospital Regional de Paraíso do Tocantins, a pasta informou que a equipe não soube explicar o trâmite aos parentes do paciente, que decidiram levar os membros. “Para isso, os familiares assinaram um termo de responsabilidade, o qual consta, inclusive, relatado no prontuário do paciente”, diz.

Fonte: Top Midia News





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