O dólar caiu acentuadamente frente ao real nesta segunda-feira (28), com investidores citando movimento de correção após salto recente, apesar da permanência de indefinições sobre os gastos extra-teto pretendidos pelo governo eleito e sobre quem será o próximo ministro da Fazenda do Brasil.
A moeda norte-americana à vista perdeu 0,80%, a 5,3645 reais na venda.
Segundo especialistas, essa queda refletiu principalmente uma correção em relação à disparada recente do dólar, que na sessão de sexta-feira saltou 1,84%, a 5,4079 reais, marcando um terceiro ganho semanal consecutivo e o patamar de encerramento mais alto em quatro meses.
Embora o tema fiscal continuasse sendo motivo de ansiedade e tenha sido o principal motor da disparada recente do dólar para acima de 5,40 reais, alguns agentes financeiros notavam possível retorno de interesse de investidores no Brasil.
O índice Ibovespa fechou com uma queda modesta nesta segunda-feira, com varejistas entre as maiores quedas na esteira de dados fracos da Black Friday, enquanto preocupações fiscais e o exterior desfavorável prevaleceram sobre a alta de Petrobras e Vale.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,18%, a 108.782,15 pontos, tendo oscilado da mínima de 108.377,75 pontos à máxima de 109.476,06 pontos.
O volume financeiro somou 18,7 bilhões de reais, novamente bem abaixo da média do mês, com o Brasil voltando a campo na Copa do Mundo no começo da tarde e afetando a liquidez na bolsa paulista, mesmo com o mercados norte-americano aberto.
Investidores também continuam na expectativa de um desfecho sobre a PEC da Transição, que abre espaço para um aumento dos gastos públicos a partir de 2023, bem como da equipe ministerial do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.