A China comprou cerca de 1 milhão de toneladas de milho do Brasil, mas mesmo assim o preço do cereal não subiu, de acordo com a TF Agroeconômica. “Os preços do milho no mercado físico subiram apenas 0,15% no Brasil nos últimos 30 dias, segundo o Cepea, insuficientes para pagar o número mágico que está na cabeça da maioria dos agricultores brasileiros que, neste momento seria de R$ 90/saca no Paraná e R$ 95 no RS e SC, pagamento curto. Detalhe: na B3 a alta do milho foi de 4,76% no mesmo período. Procure se informar”, comenta.
“É verdade que a China já comprou e está começando a embarcar 1,0 milhão de toneladas do milho brasileiro para dezembro e fala-se em mais 1,0 MT para janeiro. Então, por que o preço não deslancha? Porque, para equilibrar a oferta com a demanda no Brasil, seria preciso escoar pelo menos 7 milhões de toneladas para a exportação num curto prazo e isto ainda não aconteceu. A demanda externa está muito, muito lenta”, completa.
Nesse cenário, os compradores estão interessados apenas em lotes para embarque em janeiro, porque as suas cotas de compra para este ano parecem terem sido preenchidas e, então, o tal “pagamento curto” não está acontecendo. “Lembrem-se que R$ 90/saca para o final de janeiro não são R$ 90/saca, mas, equivalem a algo ao redor de R$ 86,85 à vista, hoje, se tirarmos os custos do carregamento do período. Para você receber o equivalente a R$ 90/saca, hoje, o preço no final de janeiro teria que ser de R$ 93,15, pelo menos”, indica.
Na Bolsa de Chicago, a cotação de dezembro fechou em alta de 0,60% ou $ 4,0/bushel, a $ 667,25. A cotação para março 2023, início da nossa safra de verão, fechou em alta de 0,64% ou $ 4,25/ bushel a $ 670,50.