O morador de Bela Vista, Adair Sena, invadiu o Congresso Nacional, na tarde deste domingo (8), em Brasília. Ele é pai de um empresário, réu por matar um jovem com uma mangueira no ânus, na Capital, em 2017.
Sena aparece em uma gravação feita por outro terrorista que invadiu o prédio público. Na cena, ele narra em detalhes e, com orgulho, o crime que cometeu, junto a milhares de fanáticos.
''Nós percebemos que a polícia jogava bombas, mas elas caíam por cima de nós e iam para a água [espelho d’água em frente], aí aproveitamos e invadimos'', narrou Adair. E completou:
''Aí arrombamos as portas de vidro, aí tomamos conta... é só vitória'', exclamou ao homem que o filmava. Ele chegou a dar nome, sobrenome e cidade que mora.
Crime bárbaro
Wesner Oliveira, tinha 17 anos e trabalhava em um lava a jato, em Campo Grande. No dia 3 de fevereiro de 2017, o dono da empresa, Thiago Giovanni Demarco Sena (filho de Adair) e o funcionário, Willian Henrique Larrea, introduziram uma mangueira de ar no ânus do adolescente e ligaram o compressor.
O garoto foi hospitalizado, mas morreu dez dias depois, ao perder parte do esôfago com a agressão. Os réus se defenderam, alegando que estavam fazendo uma brincadeira.
Na denúncia, o Ministério Público Estadual destacou que Wesner não teve possibilidade de defesa. A família do adolescente chegou a fazer diversos protestos, cobrando punição severa aos acusados, mas eles nunca foram presos.