O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou com jornalistas em Davos nesta segunda-feira (16), e reforçou que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não será reonerado. Isso porque, a prioridade é a reforma tributária.
“Ela [reforma tributária] é essencial para buscar justiça tributária e reindustrializar o país, pois a indústria é que paga hoje quase um terço dos tributos no Brasil e responde por 10% da produção. Então tem um desequilíbrio muito grande em relação à indústria, e o caminho é esse', declarou Haddad.
De acordo com o ministro, a reforma oferecida pelo governo já está com muita maturidade nas duas casas, tanto na Câmara quando no Senado. “Tem muito debate que já se realizou e tem duas propostas que estão chamando a atenção dos parlamentares hoje: as duas PECs 45 e 110. Entendemos que o caminho é chegar em um texto de consenso e, se depender do governo, nós vamos votar no primeiro semestre a reforma tributária'.
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Questionado sobre a viabilidade da aprovação das reformas, já que não estão em discussão há cerca de 10 anos, Haddad alegou que a reforma tributária que os governos anteriores estavam tentando aprovar, era errada.
“Não estou fazendo uma crítica, estou constatando um fato. Não adianta insistir e dizer que vai fazer a ‘minha reforma tributária’, que era focada na CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Essa contribuição está morta e sepultada, então insistir em uma tese que não vai encantar ninguém, vai ficar quatro, 10 anos falando e não vai ser aprovada', destacou.
Para Haddad, essa reforma que está sendo proposta é mais focada. “A nossa reforma tributária é a reforma que foi capitaneada até agora pelo nome que é um secretário meu, o Bernar Appy', ressaltou.
Fórum Econômico Mundial
Fernando Haddad e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), representam o Brasil no Fórum Econômico Mundial — evento anual que acontece ao longo da semana e debate as principais questões da economia global, em Davos, na Suíça.
Fonte: MSNEWS