LÁGRIMA GELADA
Milton Jorge da Silva
Deodápolis-MS Brasil
Quando a saudade aperta
Descem lágrimas no olhar.
Mostrando que a ferida aberta
É doença que não quer sarar.
As lágrimas escorrem geladas
Molhando a pele do rosto.
Dor que não dói calada
Gerando um sorriso imposto.
Surgem lembranças do Passado
Desfilando no Presente.
Relógio do tempo parado
Sinto o futuro ausente.
Sofrer a dor que não dói
Sem ter do que reclamar.
A memória a alma corrói
Forte desejo de amar.
As lágrimas descem geladas
Sentindo sem sentir dor.
As visões de etapas passadas
Podem ser filmes de amor!