LAMPIÃO
Cresci no interior, vi filmes de lampião,
Cenário seco e deserto, lugar chamado sertão.
Virgulino era a fera, a assombrar coronéis,
Não lembro o nome dos artistas que fizeram tais papéis.
Um bando de valentões, armados até os dentes,
Ditavam as regras e a lei, eram machos valentes.
Desafiavam governos, faziam a polícia correr,
Porque até os fardados tinham medo de morrer.
Conta a lenda que um dia, lá pras bandas de Piranhas,
Encurralaram a fera e meteram muito estanho.
Cortaram sua cabeça e exibiram nas feiras,
Para mostrar ao povo o fim do cangaceiro.
Essa história registrada, em Piranhas tem museu.
Mas existe outra versão que Lampião não morreu.
Fez acordo com o Governo e fugiu para a Bahia,
Onde viveu muitos anos na companhia da tia.
Como não sei em qual verdade devo acreditar,
Não vou deixar palpites para não polemizar.
Se morreu ou ficou vivo, só Padre Cícero é sabedor,
Pois teria negociado, foi o Santo protetor.
Quem morreu foi o cangaço, Lampião aposentou,
Trocou de nome e de vida, e apenas se calou.
Numa história recente, há tanta mentira envolvida,
Escolha uma e divirta-se, com as verdades da vida.
A voz do Poeta pretende sempre deixar uma mensagem de otimismo e fé na vida em poemas e poesias.
Nada se compara ao meu lugar
Onde o Poeta conjuga o verbo amar.