NOITE.
Milton Jorge da Silva.
De repente a noite à envolver
O claro da claridade.
Véu escuro vem surpreender
Destacando as luzes da cidade.
Surgem tantas estrelas
Que é impossível de se contar.
O cintilar distante à entretê-las
Céu de imenso sonhar.
A distância que os olhos não podem ver
Impedem a exatidão do contar.
Somente o coração pode entender
E essa grandeza mensurar.
Tão belo como ver o Mar
No azul da imensidão.
Imaginar parar o balançar
Das ondas em agitação.
Sentir-se pequeno e carente
Diante da mãe Natureza.
Mera formiga sobrevivente
Em meio à tanta beleza.