A Polícia Militar Rodoviária (PMR) e o Tático Ostensivo Rodoviário (TOR) fizeram, na tarde deste sábado (10), em Deodápolis, a maior apreensão já registrada no Brasil, um recorde.
Conforme a PMR, a carga estava escondida em uma fina camada de soja em uma carreta do tipo bitrem. Os militares afirmam que a carreta, que tem placas o Paraná, foi parada durante fiscalização de rotina.
A abordagem ao caminhão bitrem foi realizada na altura do Km 46 na MS-276. Os policiais perceberam que o motorista tentou evitar abordagem, freando bruscamente e entrando em uma lanchonete nas margens da estrada.
A carga de maconha foi colocada com 2 metros de profundidade das duas caçambas e a soja despejada em cima, supostamente para uma tentativa de disfarçar o cheiro. O destino seria São Paulo (SP).
A droga e o motorista foram levados para a Delegacia de Polícia Civil de Deodápolis.
O motorista de 32 anos confessou o crime e disse ser morador de Nova Andradina. No interrogatório, o caminhoneiro contou que ganha aproximadamente R$ 12 mil por mês. Ele revelou que carregou o caminhão com soja em Rio Brilhante, depois seguiu para Ponta Porã, onde a droga foi abastecida. Ele não quis informar para onde levaria, nem mesmo quanto ganharia pelo serviço. Ele foi preso em flagrante mas teve a prisão preventiva decretada.
A decisão é do juiz Roberto Hipólito da Silva Junior, da IX Região. Conforme o magistrado, há provas da materialidade e indícios suficientes da autoria do crime. Também foi caracterizada a periculosidade em caso de liberdade do acusado, representando risco à garantia da ordem pública.
O juiz pontuou que se trata do transporte de 36 toneladas de maconha, a maior apreensão da droga no país. Pelos motivos pontuados, foi convertida a prisão em flagrante em prisão preventiva e o acusado deve ser encaminhado ao presídio. O acusado já respondeu por furto e chegou a ser condenado.
Maior apreensão da PMMS do país: 36,5 toneladas de maconha.
O entorpecente apreendido na tarde do sábado (10) entra para a história das grandes apreensões da PMMS.
No ano passado, o DOF (Departamento de Operações de Fronteira) tinha feito outra apreensão também histórica, com 33 toneladas. Conforme a Polícia Rodoviária, a suspeita é de que a carga seria levada até a grande São Paulo ou mesmo para o litoral paulista, na região de Santos (SP).