INCÊNDIO.
Milton Jorge da Silva.
O sol gera calor inclemente
O verde perde a coloração.
Não germina qualquer semente
O quadro é de desolação.
O ambiente resseca
O verde se torna amarelado.
Até o canavial seca
O lavrador sofre angustiado.
Pastagens antes verdejantes
Tornam-se massa incendiária.
No ar o perigo constante
Do fim de vidas sumárias.
O incêndio no canavial
Sem chuvas é densa queimada.
A fumaceira colossal
Esconde a curva da estrada.
Toda fauna é atingida
Dá até pena de olhar.
Toda flora ressequida
É combustível à queimar.
Entre as chamas há amigos
Das peladas do futebol.
A tragédia é bruto castigo
Que entristece o arreból!