Homem de 59 anos foi condenado a 12 anos de prisão pelo estupro da neta, que tinha 11 anos incompletos na época do crime. Na denúncia, consta que as tias, filhas do réu, souberam do que havia ocorrido, mas elas optaram em não denunciá-lo, dizendo que “não tinham certeza”.
Na decisão publicada hoje no Diário da Justiça, também consta a determinação de pagar R$ 5 mil em indenização pelos danos morais ocasionados à vítima. A sentença é da Vara Única de Deodápolis.
Conta na denúncia que o estupro aconteceu no dia 15 de julho de 2017, por volta das 8h, na casa da família, em Deodápolis.
A menina dormia no sofá da sala quando o avô paterno, à época, com 54 anos, se aproximou dela. O homem colocou a mão por baixo da coberta e por dentro da roupa da criança.
A vítima repreendeu o avô, pedindo para que ele parasse porque estava doendo. “Vixi, vai ficar chata agora, como é que quer ganhar celular”, respondeu, continuando com o abuso.
Em seguida, ele saiu da sala e foi ao banheiro, momento em que menina aproveitou para pedir socorro na casa da tia, filha do autor, que morava em frente da casa. A mulher verificou que a região genital da sobrinha estava avermelhada.
De acordo com informações processuais, a mãe da criança só soube o que aconteceu dois meses depois, no dia 25 de setembro, quando a menina relatou o ocorrido.
A mulher foi conversar com a tia da vítima, que justificou não ter contado nada porque “não tinha como ter certeza se era verdade ou não”, já que o homem apresentava outra versão. A criança contou que outra tia também sabia do ocorrido e não fez nada.
Segundo a decisão a Vara Única de Deodápolis, a condenação deve ser iniciada em regime fechado, porém, o réu terá direito a recorrer em liberdade.