Marcelo Adriano Jeronymo Rocha, de 34 anos, suspeito de atear fogo ao corpo da companheira, Celeide da Silva Valejo, que morreu aos 35 anos, nega que tenha tentado matá-la. Na versão dele, a mulher teve 70% do corpo queimado por acidente.
De acordo com o delegado Roberto Guimarães, titular da Delegacia de Polícia Civil de Anastácio, em depoimento, Marcelo disse que ele e Celeide estavam consumindo pinga na madrugada do último sábado, dia 09 de maio, a bebida acabou e então, os dois decidiram ingerir etanol.
O combustível era usado na casa, localizada no Conjunto Cristo Rei, em Anastácio, para acender um fogareiro, segundo o suspeito. Ele relatou ainda que foi até a cozinha para “temperar” o álcool com água, ouviu um barulho e quando voltou ao quarto do casal, a mulher estava em chamas. Ele afirma que Celeide fumava enquanto os dois consumiam o etanol e acredita que uma faísca tenha causado o acidente.
Swegun do o site Campo Grand News, não há testemunhas do ocorrido, porque vizinhos só apareceram quando o fogo já havia tomado conta de cômodos da casa.
Marcelo foi preso em flagrante pela PM (Polícia Militar) ainda na madrugada de sábado, depois que a vítima, a caminho do hospital, disse aos socorristas do Corpo de Bombeiros que o homem, durante uma briga, ateou fogo ao corpo dela.
Celeide teve queimaduras de segundo e terceiro graus. Ela morreu na Santa Casa de Campo Grande no fim da tarde de ontem (11), após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias.
A Polícia Civil continua investigando o caso, mas o delegado já pediu que Marcelo fique preso por tempo indeterminado (prisão preventiva). Embora negue o crime, tudo indica que o preso tentou matar a mulher. Celeide seria a 13ª vítima de feminicídio neste ano em Mato Grosso do Sul. Tanto o suspeito quando a vítima têm ficha criminal extensa.