A Reserva Indígena de Dourados tem 30, dos 64 casos confirmados de coronavírus do município. O número é quase a metade de todos os moradores que testaram positivo para a doença desde o início da pandemia.
O local, dividido pelas aldeias Bororó e Jaguapiru, é residência de aproximadamente 15 mil habitantes.
De acordo com dados do boletim epidemiológico do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul), até a segunda-feira (18/5), havia 107 notificações na Reserva, 76 delas descartadas e uma suspeita. Não há mortes.
A expansão do vírus na região teve início no dia 13 de maio, quando a trabalhadora de um frigorífico de Dourados testou positivo para o coronavírus.
Após manter contato com dezenas de pessoas residentes na Reserva, os órgãos sanitários passaram a monitorar os suspeitos e aumentaram a testagem para a doença no posto de atendimento.
Dos 30 pacientes já confirmados, todos estão em isolamento social. Um indígena deu entrada no Hospital da Vida com suspeita de ter contraído o vírus, porém, ele ainda aguarda o resultado dos exames.
Caso seja positivo, será o primeiro douradense a utilizar a rede pública hospitalar para o tratamento.
A Reserva Indígena fica na região Norte do município e sofre com a falta de estrutura.
Muitas vezes ignorada pelo poder público, a região possui deficiência no abastecimento de água, dificultando a higienização dos moradores, um dos meios mais eficazes de se prevenir o contágio.