Depois de 8 anos, a Polícia Civil prendeu Raoni Queiroz Trelha, acusado do assassinato de Adalberto Gabião da Silva, ocorrido em uma fazenda na zona rural de Corumbá, a 425 quilômetros de Campo Grande. O réu foi localizado em Jardim neste sábado (05), com ajuda dos filhos da vítima, que trocaram informações com os agentes do SIG (Setor de Investigações Gerais).
Não foram divulgados detalhes da prisão, mas conforme a polícia, Raoni não quis fazer uso da prerrogativa de comunicar a captura aos familiares e negou-se a indicar outra pessoa ou um advogado. Ele foi encaminhado ao Estabelecimento Penal Máximo Romero, em Jardim, e encontra-se à disposição do poder judiciário.
Consta em denúncia oferecida pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que no dia 9 de fevereiro de 2013, Raoni matou Adalberto a tiros. Após uma discussão, ele teria baleado a vítima no abdômen. Como a propriedade era de difícil acesso, um dos filhos percorreu oito quilômetros em busca de ajuda para o pai.
Quando ele retornou, o pai ainda estava vivo, mas sangrando muito. O atirador, que continuava na fazenda, então decidiu dar fim de uma vez por todas e se aproximou, disparando outras vezes contra o pescoço de Adalberto, que não resistiu aos ferimentos e morreu na frente do filho.
Raoni chegou a ser preso e, em interrogatório, confessou o crime, alegando que ele e Adalberto trabalhavam como auxiliares de serviços gerais no local e que, na data dos fatos, após bebedeira, a vítima teria se alterado e passado a ameaçá-lo. Ele disse que atirou para se defender, pois caso contrário Adalberto atiraria nele.
No entanto, durante a instrução processual o réu foi solto e não foi mais localizado pelas autoridades, motivo pelo qual foi dado como desaparecido. Ele chegou a ser citado por edital, mas nunca foi localizado. Neste sentido, foi despachada nova ordem de prisão e, com ajuda dos filhos, os policiais civis de Jardim conseguiram localizá-lo.
FONTE: MÍDIAMAX