As propagandas para as eleições que ocorrerão em 2022 estarão autorizadas a partir de 16 de agosto, em todo território brasileiro. Porém, cinco meses antes do prazo, pré-candidatos de Mato Grosso do Sul já garantiram domínios de sites, que deverão convergir à estratégia eleitoral e consolidar as informações sobre os candidatos, ao lado dos perfis nas redes sociais.
Nomes e sobrenomes são os mais utilizados como domínio e foram as escolhas dos cinco pré-candidatos ao Governo de MS. Em consulta* realizada pelo Jornal Midiamax, foram levantadas informações sobre domínios dos pré-candidatos: Marquinhos Trad (PSD), Eduardo Riedel (PSDB), Rose Modesto (PSDB – Pré-candidatura pelo União Brasil), Zeca (PT) e André Puccinelli (MDB).
O prefeito de Campo Grande já tem o ‘marquinhostrad.com.br’ garantido desde 20 de setembro de 2017. Atualmente o site está no ar com mensagem de ‘em construção’ e possui link para redes sociais de Marquinhos.
Já Riedel tem o site desde 10 de setembro de 2020, com domínio ‘eduardoriedel.com.br’. Disponível para acesso, a página possui histórico do pré-candidato e link para redes sociais.
A deputada federal Rose Modesto garantiu o ‘rosemodesto.com.br’ em 20 de dezembro de 2017. Segundo a consulta, o site está no ar com informações da carreira política e feitos durante mandato, última matéria é sobre a pré-candidatura.
Pré-candidato do PT, Zeca é o que tem o domínio mais antigo. O ‘zecadopt.com.br’ está salvo desde 27 de dezembro de 2011. O site está como publicado na plataforma de pesquisa da reportagem, mas aparece mensagem de “não é possível acessar esse site”.
O emedebista André Puccinelli foge do nome e sobrenome por não ter este domínio — andrepuccinelli.com.br — disponível desde 17 de novembro de 2021. Assim o site do pré-candidato é o ‘andrepuccinellioficial.com.br’, criado em 25 de novembro de 2021. O site é recheado de matérias e dados sobre mandatos anteriores.
Campanha "já começou"
Para a série de aquecimento das pré-campanhas em MS, o Jornal Midiamax consultou especialistas em marketing de campanha, segundo os quais os domínios, muitas vezes, são gerados por obrigatoriedade do próprio TRE. "Em algumas campanhas de anos anteriores você tinha que manter um padrão", detalha um dos consultores ouvidos, que não será identificado a pedido.
Além disso, o profissional alerta que estes sites são feitos "para as eleições, não são para acervo pessoal". Assim, destaca que, se utilizado para outras questões além da corrida eleitoral, pode ficar confuso. “Você pode até estar usando ele ali para outras coisas, mas tudo isso se mistura demais”, pontua.
Por fim, o profissional lembra que este tipo de produto tem recomendação para criação da equipe marqueteira e também de um advogado. “Para saber o que pode ou não” classificar propaganda eleitoral antecipada.
*As consultas foram realizadas pelo who.is, em 15 de fevereiro de 2022.