'Estou sem acreditar ainda. Minha avó Joana, nunca fez mal a ninguém, tão boa e morreu dessa forma horrível'. Assim descreveu uma neta de Joana Silva Fernandes, de 90 anos, assassinada a facadas em Batayporã, cidade a 310 quilômetros de Campo Grande. A cuidadora dela, Maria Aparecida Luiz de Siqueira Matos, 59, também foi morta. O suspeito, neto de Joana, cometeu suicídio depois de matar as mulheres.
O caso causou comoção na cidade e a família tem recebido dezenas de mensagens de apoio nas redes sociais. 'Que tragédia! que Deus possa confortar o coração da família', descreve uma amiga no Facebook. A filha de Joana também postou uma mensagem. 'Luto pela minha mãezinha, que tristeza meu Deus'.
Entenda - O delegado Filipe Mendonça confirmou que até o momento foi apurado, preliminarmente, que Antônio Marcos Fernandes Gonçalves, 28 anos, matou a avó, Joana, e a cuidadora dela, Maria Aparecida, entre às 19 horas desta sexta-feira e 3h de sábado (2). O crime ocorreu na casa onde o neto morava com a avó, na Vila José Mustafá, em Batayporã.
Depois, ele tomou banho, deixando o short sujo de sangue no imóvel. Também deixou no local a faca de cozinha utilizada no crime. Antônio seguiu até a MS-276 de bicicleta e se jogou na frente de uma carreta. Ele não resistiu e morreu.
Os corpos das mulheres só foram localizados depois que Antônio cometeu suicídio. Isso porque, ao ser avisada pela polícia sobre a morte dele, a família foi até a casa de Joana providenciar os documentos, quando encontrou os corpos das vítimas.
As duas tinham perfurações de faca pelo corpo, mas naquele momento não havia informações de que Antônio seria o autor do crime. Após apuração policial, foi descoberto que o neto que cometeu suicídio era o principal suspeito.
O caso foi registrado pela delegacia de Polícia Civil como feminicídio qualificado por ter sido praticado contra vítima maior de 60 anos. Até o momento, dez pessoas foram ouvidas sobre o crime, informou o delegado Filipe Mendonça. A motivação é apurada e a polícia já procura imagens de câmeras de segurança.
FONTE: MSNEWS