Nesta segunda-feira (11), dois incêndios foram combatidos pelo Corpo de Bombeiros Militar, no Pantanal sul-mato-grossense, totalizando cerca de 18 mil hectares de área incendiada no bioma em um dia.
Em 2022, o Estado já possui 633 focos de incêndio mapeados pelo satélite de referência do Inpe (Instituto Nacional de Pequisas Espaciais), conforme dados hoje pelo Campo Grande News. No mesmo período, do ano passado, foram 582. Ou seja, houve aumento de 8,7%.
Duas guarnições, com oito militares ao todo, se deslocaram até local na região do Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, em Mato Grosso do Sul, com 10 mil hectares, conforme indicam as imagens acima.
No mesmo dia, focos em 8 mil hectares em Porto Murtinho, município distante 439 quilômetros de Campo Grande, foram combatidos pelo Corpo de Bombeiros Militar. Foram feitos mais de 30 quilômetros de aceiros para controle do fogo, com 39 militares envolvidos.
Queimadas - Até o momento, segundo levantamento feito pela reportagem, o pico de ocorrências se deu em meados do mês de maio. Vale ressaltar que a estação úmida do Pantanal, que conecta lagoas e forma ampla área alagada, costuma ocorrer entre os meses de outubro e março, enquanto a seca se estende de abril a setembro.
Neste ano, os bombeiros têm feito triagem dos focos de incêndio, monitorados via satélite, para apurar se o fogo é autorizado. Conforme o órgão, caso seja ação ilegal, equipes são mobilizadas e enviados relatórios às autoridades competentes.
Em 2021, os Ministérios Públicos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul apontaram que a maior parte (60%) das queimadas no bioma, que resultaram em 'impactos incalculáveis à biodiversidade, à saúde humana e à economia', têm como principal hipótese uma ligação com atividades agropastoris.
Fonte: Msnews