os 27 anos, Pâmela de Oliveira da Silva morreu no hospital após ter o corpo incendiado e ficar um mês internada. A família acredita que o marido dela tenha sido autor do crime, mas a preliminarmente a Polícia Civil ainda não trabalha com a hipótese de feminicído.

O caso aconteceu no dia 21 de julho, em Rochedo, distante 83 quilômetros de Campo Grande, mas foi divulgado apenas nesta quinta-feira (25). A vítima teve 90% do corpo queimado, deu entrada numa unidade de saúde do município e, na sequência, foi socorrida à Santa Casa, mas não resistiu. Pâmela morreu às 23h35 da última segunda-feira (21).

No relato feito à Polícia Civil, o pai da jovem, Roberto Martins da Silva, contou que a filha convivia com o marido há cerca de dez anos. O casal tem em comum dois filhos, de 10 e 6 anos. Segundo relatos dele, no dia dos fatos, a casa da filha pegou fogo. O suspeito e os filhos não se feriram.

O marido ainda acionou um caminhão pipa para auxiliar na contenção das chamas. Pâmela foi socorrida ao posto de saúde do município por um homem que passava pelo local de caminhonete, mas devido a gravidade ela foi transferida à Santa Casa.

Ainda conforme relato pai de Pâmela no boletim de ocorrência, quando ainda estava recebendo atendimento no posto de saúde, a jovem conseguiu conversar com a irmã e teria dito que, após discutir com o esposo, ele jogou gasolina em seu corpo e ateou fogo. A família conta que o fato foi confirmado pela filha do casal e que a mãe teria apanhado antes de ter o corpo incendiado.

Suicídio - No dia seguinte aos fatos, antes de Pâmela morrer, o suspeito foi à delegacia e registrou o caso como suicídio na forma tentada e incêndio culposo. Segundo o pai, o marido ainda queria visitar a vítima no hospital, mas a família pediu medida protetiva para evitar que ele fosse a unidade de saúde. 'O juiz deferiu o pedido e ele não foi. Ele continua morando em Rochedo e levando uma vida normal', lamentou. A foto de Pâmela no hospital foi divulgada pela a família, que clama por Justiça.

O delegado de Rochedo, Roberto Faria, é cauteloso ao falar sobre o assunto. 'Por enquanto, com testemunhas e com a opinião, preliminar, do perito, ela que ateou fogo no corpo, mas nos estamos aguardando o laudo final para poder ter uma comprovação', disse. O delegado complementou. 'Então, não é feminicídio por enquanto, pode ser que depois mude'. O Campo Grande News não divulgou o nome do suspeito, porque não conseguiu contato com ele.

Fonte: Msnews