"Está tudo bem, graças a Deus o encontramos". Joaquim, a calopsita de 3 meses que passou 17 dias desaparecida em Campo Grande, já voltou para casa. Ao que tudo indica, a pequena ave pode ter sido sequestrada na Capital.
Para a dona do pássaro, Marília, as duas semanas foram de aflição. A família chegou a espalhar cartazes pela cidade acreditando que Joaquim tinha fugido, mas, ao encontrarem o mascote, perceberam que a história pode ter sido bem diferente.
A princípio, no cartaz, os donos da calopsita anunciaram o desaparecimento oferecendo uma recompensa para quem soubesse de alguma informação. "Gratifica-se. Joaquim fugiu. Se viu, por favor, nos avise! Ele é muito mansinho, costuma vir na cabeça das pessoas", dizia o anúncio.
Marília e sua calopsita Joaquim - (Foto: Arquivo Pessoal)
Desnutrido e quase desmaiado
Segundo a dona, Joca foi encontrado no Jardim Noroeste, após 17 dias desaparecido em Campo Grande, com sinais de que estava preso em uma gaiola. "Sabemos que ele ficou preso em uma gaiola bem pequena porque o veterinário viu que ele está quase sem rabo, bem judiado. E isso é sinal de ave presa em lugar pequeno", conta Marilia ao Jornal Midiamax.
Mas Joaquim é esperto. "Ele conseguiu fugir e bateu na casa de uma mulher chamada Kamila, no Noroeste, que tinha visto meu anúncio. Ela entrou em contato e fomos vê-lo", relata a dona.
"Tadinho, estava bem desnutrido. Quando cheguei em casa já dei comida, porque ele estava desmaiando até. Fomos ao vet, ele medicou e agora está em processo de recuperação. Ontem voltou a gritar e ficar mais ativo", detalha Marilia.
A calopsita está com muitas marcas de choque e as penas falhadas são um sinal de que a alimentação realmente estava bem precária. "Mas agora vai se recuperar", prospera.
Calopsita Joaquim é mascote da família - (Foto: Arquivo Pessoal)
Calopsita sequestrada
Por dois dias, os donos receberam diversas informações afirmando que Joaquim estava na região de casa, no Carandá Bosque, mas não conseguiram encontrá-lo. "Depois falaram pra gente que ele tinha ido para a Avenida da Capital e um rapaz, que é motorista de aplicativo, tinha levado ele. Duas pessoas de uma conveniência viram e a gente começou uma saga atrás desse rapaz, mas não achamos", relembra Marília.
"A Kamilla, na casa onde ele bateu, mora no Noroeste, atravessando a BR. Ele conseguiria ir voando de árvore em árvore? Conseguiria, só que, com as marcas do rabo que ele tem, são de gaiola. Meu professor, especialista em animais silvestres, chegou à conclusão de que ele estava preso em algum lugar e conseguiu fugir, até bater na casa da Kamilla, que foi um anjo", diz a "mãe" de Joaquim.
Joaquim tinha 23 dias quando chegou como presente para Marília - (Foto: Arquivo Pessoal)
Xodó
O pássaro é o mascote da família. Ele vive com Marília, o marido dela e o filho do casal. Os irmãos, são os gatos e cachorros da casa.
Bem cuidado, Joaquim chegou para ela com 23 dias de vida, foi presente de um amigo. Com apenas 3 meses, a calopsita passou essas duas semanas longe de casa, vivendo sabe-se lá o que, e voltou bem fraquinha.
"Hoje ele já está pedindo para vir comigo, mas estava tão fraco os outros dias que não saía do lugar no puleiro", comenta a dona. "A maioria das pessoas que perdem pássaro, acham que é impossível encontrar. Mas se procurarem direitinho, acham sim", finaliza ela.