Acostumado a pescar em rios sul-mato-grossenses, onde bate 'recorde atrás de recorde', Rony Dronov, de 36 anos, convidou a esposa, recentemente, para uma aventura em alto mar. Entre tantos peixes, no entanto, um chamou a atenção e ele até perguntou ao guia se poderia pegar por uns instantes, antes de devolver ao habitat do animal.
O momento foi filmado e gerou inúmeras visualizações nas redes sociais. 'Eu e minha esposa, a Bel, saímos para uma viagem no Rio Grande do Norte. Foi tudo meio em cima da hora e aí fizemos a pescaria em alto mar. Foi muito legal. Uma novidade para nós que somos amantes da pesca. É algo totalmente diferente do que fazemos aqui em Mato Grosso do Sul', afirmou Rony ao MidiaMAIS.
Desta forma, Rony falou que aprendeu muito sobre o 'jig', uma modalidade de pesca somente feita em condições do alto mar. 'Vale muito a pena conhecer. Ficamos hospedados na região de Barra do Cunhaú e, conversando com um e outro descobrimos um guia de pesca e sabia totalmente o percurso do rio até o momento em que desagua no mar. Em seguida, agendamos com ele e saímos logo cedo, às 6h, para pescar', ressaltou.
No local, Rony falou que a intenção era pegar peixes como o robalo e o tarpon. 'Quando eu menos esperava, peguei esse peixe inusitado. É o baiacu. Peguei ele não mão, daí começou a inflar e fazer um som muito legal, um barulho enquanto ele estava enchendo. Ficou parecendo uma bola de basquete e ainda com um textura bem diferente na pele. Achei bonito e engraçado também, nunca tinha encostado e acabou sendo a atração da nossa pescaria', finalizou.
Veja, no fim da matéria, alguns momentos da pesca:
Baiacu é venenoso?
Uma iguaria de nome fugu em alguns lugares do Japão, o baiacu é considerado o segundo vertebrado mais venenoso do mundo. Também conhecido como sapo-do-mar, peixe-balão ou lola, o peixe é da ordem dos Tetraodontiformes, comuns na fauna fluvial da América do Sul e, mais especificamente, do Brasil.
Segundo especialistas, o baiacu contém toxinas suficientes em seu fígado para matar 30 humanos adultos. Detalhe: não há antídoto para esse tipo de envenenamento.
A espécie fica atrás apenas do sapo venenoso dourado e possui órgão internos, como fígado e olhos, com tetrodotoxina, uma substância que os torna de sabor desagradável e muitas vezes letal para os peixes.
São ao todo 120 espécies de baiacu, sendo que alguns ainda possuem 'defesa extra' contra ataques, ou seja, espinhos na pele que se projetam quando inflados.