A safra de soja em Mato Grosso do Sul, deve atingir um volume de 12,3 milhões toneladas na temporada 2023/24, queda de 21,8% em relação ao ciclo passado, estimou nesta terça-feira (21) o presidente da Associação dos Produtores de Milho e Soja do Estado (Aprosoja-MS), Jorge Michelc, durante a abertura da 27ª Showtec, que acontece em Maracaju.
Os impactos com a seca durante a época do plantio reduziram o potencial de produção do Estado, que poderia colher 14,2 milhões de toneladas nas estimativas iniciais da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A oferta caiu mesmo com aumento de 5,2% na área, que chegou a 4,2 milhões de hectares, e deve causar um prejuízo bilionário ao Mato Grosso do Sul, segundo o governador do Estado, Eduardo Riedel.
“Momentos bons e ruins são cíclicos. A perda de R$ 12 bilhões terá um grande impacto, não apenas no bolso dos produtores, mas em toda a sociedade de Mato Grosso do Sul. (...) A atividade agrícola e pecuária é de longo prazo, envolvendo décadas, às vezes olhando uma geração à frente e duas ou três gerações para trás”, pontuou.
Apesar do cenário de perdas para as lavouras de soja no Estado, para o presidente da Fundação MS, Daniel Franco, a tecnologia e a ciência ajudou a minimizar os resultados de produtividade.
“Há relatos significativos de áreas com baixa produtividade, enquanto outras conseguiram enfrentar melhor as intempéries climáticas. Na nossa avaliação, isso se deve, em grande parte, à rotação de culturas e ao uso de plantas de cobertura, saindo da tradicional dicotomia soja-milho”, destacou.
Fonte: Msnews