Um surto de Covid-19 entre candidatas e funcionários do Miss Mundo fez com que a final fosse adiada. O concurso aconteceria na noite da quinta-feira (16) em Porto Rico.
Das 97 candidatas, 27 testaram positivo para a doença, além de 15 funcionários da organização. A brasileira Caroline Teixeira, de 24 anos, não faz parte das infectadas. Ela testou negativo para o vírus.
O anúncio do cancelamento foi feito horas antes do evento. Em nota, a organização justificou o adiamento como “interesse de saúde e segurança de concorrentes, equipe, organização e público em geral”. "O próximo passo, de acordo com os médicos especialistas, é a quarentena imediata, enquanto aguardamos a evolução de pacientes em observação e os resultado de mais testes", informou a nota, acrescentando que participantes e funcionários só voltarão aos seus países de origem após as autoridades de saúde locais os liberarem.
Em seguida, a epidemiologista Melissa Marzán afirmou em coletiva de imprensa no Departamento de Saúde de Porto Rico, que 23 misses e 15 funcionários da organização testaram positivo para o novo coronavírus, e a decisão de adiar o concurso partiu da própria organização do evento.
A ideia é que o concurso ocorra em cerca de 90 dias. Atualmente, a jamaicana Toni-Ann Singh detém a coroa de Miss Mundo 2019, já que o concurso de 2020 também foi cancelado devido à pandemia.
A diretora do Miss Brasil Mundo, Marcia Fontes, relacionou o surto de covid entre as candidatas ao relaxamento dos cuidados como uso de máscaras e distanciamento. "Quem esteve no nosso concurso [Miss Brasil Mundo], que aconteceu em agosto, antes de as candidatas estarem vacinadas, viu o quanto foi rígido o protocolo de segurança. Todos com máscara N95 o tempo todo, exceto nos momentos de alimentação, que aconteceram em lugar reservado e exclusivo dentro do hotel e com distanciamento social e procedimento de higiene para se servir. Fui muito criticada pois muitos acharam 'exagero'. Mas para nós, nada é mais importante do que a vida de todas as pessoas envolvidas. A verdade é que todos os eventos após a vacinação ficaram mais frouxos em relação a segurança, uso de máscara e distanciamento social. Quando se faz isso, mesmo com cuidados, existe um risco. É uma roleta russa. Sei o quanto todos querem voltar 'ao normal', principalmente os jovens. Mas precisamos lidar com a realidade", afirmou nas redes sociais.
FONTE: PORTAL DO HOLANDA