Um vídeo repercutiu no mundo em que moradores de Xangai, na China, confrontam policiais que os obrigam a se mudarem para confinamento obrigatório. São mais de 20 mil novos casos por dia, o governo local tem lutado contra o surto do novo coronavírus. As informações são do portal BBC.
Parece um Déjà Vu, mas o mundo vem sofrendo com a nova onda de surto causado pelo coronavírus. Na China, milhares de pessoas estão confinadas nas últimas semanas, a cidade transformou salas de exposições e escolas em centros de quarentena e hospitais improvisados.
Embora o surto da covid-19 esteja superando os números previstos pelo governo, o índice de casos mais graves ainda é baixo, muitas pessoas questionam a ação do governo por acreditar ser radical e se é mesmo necessário. Nas redes sociais, a população levanta muitas reclamações das restrições impostas e a falta de alimentos.
A comida e água é ofertada pelo governo, que deixam nas portas das residências vegetais, carne e ovos, após as pessoas pedirem, mas analistas dizem que estão ficando sem suprimentos. Essa ação sobrecarregou os serviços de entrega, sites de mercearias e até a distribuição de suprimentos do governo.
A operação encabeçada pelo governo que retirou muitos de suas casas para transformar apartamentos em centros de quarentena foi a gota d'água para alguns chineses, relata um correspondente da BBC News em Xangai, Robin Brant.
"A alguns quilômetros de distância, houve um protesto organizado, uma postura ousada enquanto o bloqueio se instala em um país onde pode-se ir para a prisão por provocar brigas. Eles estão com raiva de uma escola local ser transformada em outra instalação de quarentena. A polícia os expulsou das ruas", relata Brant.
"Foi um episódio de pequena escala, mas é um sinal de raiva e frustração à medida que esse bloqueio continua", disse à BBC.
O país é uma das últimas nações comprometidas com a disseminação da covid-19, em comparação com a maioria das nações que vem tentado conviver com o vírus. Mas a pressão sobre essa política aumentou nas últimas semanas com a disseminação da variante ômicron.
FONTE: MÍDIAMAX