Faustino Colque Mollo foi preso por vender sua filha, de um mês de vida, por R$ 1,5 mil em um grupo de WhatsApp na última semana na Bolívia, país fronteiriço com o Brasil e principalmente na região de Corumbá. A compradora, identificada como Carmen Condori, também foi presa após a intervenção da polícia na transação.
Segundo informações da imprensa boliviana, o pai colocou a menina à venda em vários grupos pela quantia de 2 mil bolivianos, na cotação brasileira, isso equivale a R$ 1,5 mil.
O caso aconteceu na cidade de Santa Cruz de La Sierra, mas a Polícia da Bolívia conseguiu intervir e descobrir a negociação clandestina e resgatar a criança na zona de Los Lotes do mercado La Ramada. A criança havia sido vendida para um casal.
A mulher que estava com a criança ainda teria resistido à devolução, exigindo o pagamento das despesas que ela supostamente teve com a compra de leite, fraldas e roupas.
Segundo a imprensa local, parentes detalharam que o pai da criança havia pedido para que a mãe, uma adolescente de 17 anos, abortasse o bebê ainda na gestação. Como ela não acatou o pedido, ele decidiu vendê-la. Os vizinhos denunciaram ainda que a jovem foi vítima de maus-tratos e foi forçada a levar a filha para vendê-la. O bebê está internado no Hospital Infantil Mario Ortiz, pois apresenta quadro de desnutrição.
“Foi um dia inexplicável porque são duas fases, uma é o trabalho policial e a outra, o trabalho da mãe. Eu sou uma nova mãe de um bebê e vejo uma menina que chora, e que clama por comida. Eu imediatamente lhe dei leite para sobreviver naquele momento”, disse, Delicia Dávila Calucho, sargento-mor da Bolívia.
O procurador da unidade especializada em crimes de tráfico e tráfico de seres humanos, Daniel Lobo, indicou que o pai da menor e o casal que comprou a menina serão investigados pelo crime de tráfico de seres humanos para fins de venda ilegal ou adoção.
FONTE: TOPMIDIANEWS