Uma adolescente foi retirada com vida dos escombros na Turquia nesta quinta-feira (16), dez dias depois do terremoto que matou mais de 42 mil pessoas no país e na vizinha Síria. Familiares de vítimas desaparecidas aguardam notícias.
A jovem de 17 anos foi resgatada na província de Kahramanmaras, no Sudeste do país, informou a emissora TRT Haber, 248 horas após o terremoto de magnitude 7,8 que ocorreu na madrugada de 6 de fevereiro.
As imagens mostraram a jovem sendo carregada em uma maca para uma ambulância coberta com manta térmica.
O número de pessoas mortas pelo pior terremoto da história moderna da Turquia aumentou para 36.187, disseram as autoridades. Na Síria, onde o tremor agravou uma crise humanitária causada por 12 anos de guerra, o número de mortos é de 5.800.
Embora várias pessoas tenham sido encontradas vivas na Turquia nessa quarta-feira, relatos de resgates têm se tornado cada vez mais raros. As autoridades da Turquia e da Síria não anunciaram quantas estão desaparecidas.
Milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária depois de ficarem desabrigadas em temperaturas quase congelantes no inverno.
Na cidade turca de Kahramanmaras, uma foto de dois meninos desaparecidos foi amarrada a uma árvore perto do bloco de apartamentos onde moravam.
'Os pais deles morreram', disse o sobrevivente do terremoto Bayram Nacar, que esperava com outros homens usando máscaras, enquanto uma escavadeira limpava enorme pilha de concreto quebrado e hastes de metal retorcidas atrás da árvore.
Ele afirmou que os corpos dos pais dos meninos estavam sob os escombros. 'O pai se chamava Atilla Sariyildiz. Seu corpo não foi encontrado. Esperamos encontrar os pais depois que as escavadeiras removerem os escombros.'
Mais de 4.300 tremores secundários atingiram a zona do desastre desde o início, disse a Autoridade de Gerenciamento de Emergências e Desastres da Turquia (Afad).
O governo sírio informou que o número de mortos no território que controla é 1.414, e que essa é a contagem final.
A maior parte das mortes na Síria ocorreu no noroeste controlado pelos rebeldes. Equipes de resgate dizem que ninguém foi encontrado vivo lá desde 9 de fevereiro, e o foco mudou para ajudar os sobreviventes.
Com grande parte da infraestrutura de saneamento da região danificada ou inoperante, as autoridades de saúde enfrentam tarefa difícil ao tentar garantir que as pessoas permaneçam livres de doenças.
O esforço de ajuda no noroeste foi prejudicado pelo conflito, e muitas pessoas se sentem abandonadas enquanto a ajuda se dirige a outras partes da extensa zona de desastre.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que está preocupada especialmente com o bem-estar das pessoas no noroeste, onde cerca de 4 milhões já dependiam de ajuda humanitária antes do terremoto.
FONTE: MSNEWS